sexta-feira, 1 de abril de 2011

Défice - O que é?

Muitas vezes  temos ouvido  nos últimos meses e até anos a falar do défice, contudo em conversa com algumas pessoas  apercebi-me que estas apenas sabiam que o défice era algo mau, mas não tinham noção do que era realmente ou o que traduzia.

Para  um dos senhores com quem falava o défice traduzia algo como aumento da divida e o desvio de dinheiros para o bolso dos políticos. Obviamente que a ideia do senhor (aumento de divida) não está totalmente desfasada daquilo que se vai atingir em ultima análise já que um défice continuado em ultima análise poderá levar ao aumento do endividamento nacional.

Na verdade o défice traduz que em de terminado período de tempo (ano ou mês geralmente) o volume de despesas ou gastos foi superior ao volume de rendimentos ou receitas. De referir que quando as receitas forem superiores ás despesas estamos perante um superavit.

Podemos desde logo identificar três grandes áreas da economia de uma empresa, organização ou estado onde poderemos encontrar défice (ou superavit):

1) Operacional:
Onde constam todas as actividades  ditas normais ou habituais excepto as financeiras (inclui compras, vendas, produção, salários, obras, custos administrativos, etc) e todas as actividades que constem do orçamento.
Em uma economia saudável esta área deve representar a quase totalidade do orçamento seja a nível de receitas ou a nível de despesas.

2) Financeiro
Nesta área estão incluídos todos os custos com a obtenção de empréstimos, juros e os próprios empréstimos.

3) Extraordinário
Onde se encontram todas aquelas operações que não constem do orçamento nem seriam expectáveis de acontecer, como sejam vendas de partes de empresas (privatizações).

O que tem acontecido em Portugal é que a parte operacional tem sido em regra deficitária o que levou a que fossem contraídos muitos empréstimos ao longo do ano o que leva a que também o ramo financeiro seja também bastante deficitário.Um dos grandes problemas de Portugal é que as componentes de despesa quer sejam operacional, quer sejam financeiras têm vindo sempre a crescer ao longo dos anos levando a que se tenham de aumentar também as receitas que são em grande parte geradas por impostos e taxas.

Infelizmente, todos os anos temos tido necessidade de recorrer ás tais receitas extraordinárias como forma de equilibrar a balança. o que nos leva a que ano após ano tenhamos menos margem de manobra.

A má noticia é que vão ser necessários muitos anos para conseguir equilibrar as contas nacionais.
A boa noticia é que pela primeira vez este ano se estão a reduzir as componentes de despesa e se conseguirmos manter essa tendência poderemos vir a ter a componente fiscal (impostos) reduzida nos próximos anos.

Esperemos
Nuno Miguel Pedrosa

3 comentários:

  1. olha que...
    ja aprendi contigo hj =))
    bjinhos*

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  2. xuxu linda eu tambem aprendi uma coisa com o Nuno, apredi que se escreve de terminado e não determinado, deve ser porque o periodo de tempo de que fala o texto esta a chegar ao fim, no termino!!!
    looool

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