quinta-feira, 28 de abril de 2011

Troika - O que é?

Troika in Wikipédia

Troika (russo:тройка) é a palavra russa que designa um comitê de três membros. A origem do termo vem da "troika" que em russo significa um carro conduzido por três cavalos alinhados lado a lado, ou mais freqüentemente, um trenó puxado por cavalos. Em política, a palavra troika designa uma aliança de três personagens do mesmo nível e poder que se reúnem em um esforço único para a gestão de uma entidade ou para completar uma missão, como o triunvirato histórico de Roma.



Para mais informações ler todo o artigo da Wikipédia :)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Liberdade...

E assim se deu inicio....



Muitos dos que tiveram de a sorte de viver a Revolução de 74 dizem que os jovens de hoje não sabem dar valor à liberdade, infelizmente sou obrigado a concordar que muitos não sabem mesmo o que vale a liberdade e a luta pela igualdade que vivemos desde essa data.

Ao contrário do que se possa pensar eu com quase 30 anos ainda senti muitas das dificuldades económicas que se viviam essencialmente antes de 74 e apesar de nem sempre me ser permitido dizer tudo o que me vinha à cabeça, também nunca fui proibido ou perseguido por isso. Tive um avô que foi preso pelo regime e por isso sempre fiz uma pequena ideia do que ele sofreu e de algumas das suas lutas pela liberdade de expressão.

Desde muito novo que ganhei consciência de que a palavra é a nossa maior arma, apesar de nem sempre a usar da forma mais correcta. Desde novo que me vi obrigado a lutar pelos meus direitos apesar de nem sempre conseguir igualdade. Desde novo que lutei por andar pela rua de cabeça erguida pela rua apesar de me quererem espezinhar. Desde muito novo que tive dois pais a lutar por mim e a não terem medo de dar a cara e a enfrentar o que fosse preciso. Desde muito novo que fiquei a conhecer o dom da palavra e a lutar por um dia o saber usar.

Se os jovens sabem dar valor à liberdade?
Julgo sinceramente que muitos não sabem até porque muitos se esqueceram onde termina a sua liberdade e começa a dos outros!!

Se eu sei dar valor à liberdade?
Não sei, mas espero que sim! Sei que vou continuar a tentar lutar pela liberdade e a exercer a minha própria liberdade, quanto mais não seja a escrever textos como os que escrevo neste local e que não sei se seriam possíveis antes do 25 de Abril de 1974.

Lutem Camaradas, mas saibam lutar!!

25 de Abril - Comunicado

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Utilização racional de recursos - Médicos

Há muitos anos que ouço falar que Portugal não tem Recursos Humanos (RH) suficientes, ou tem RH excedentários noutras áreas provocando assim graves problemas  em vários sectores. No entanto o que me parece é que o que realmente existe é uma gestão ineficiente de pessoas/ técnicos ou profissionais.

O caso dos médicos é capaz de ser o mais gritante uma vez que desde muito muito novo me lembro de ouvir falar da falta de médicos em Portugal, situação que tem sido cada vez mais problemática e preocupante e que já não deixa ninguém indiferente. Quem não conhece um centro de saúde que não tenha falta de médicos? Quem não conhece alguém que não tem médico de família?

Infelizmente esta situação é cada vez mais frequente e temos vindo a assistir a tentativas de a minorar através da contratação de médicos estrangeiros (bem hajam pela disponibilidade) que oriundos de Cuba, Venezuela ou da Colômbia como se assistiu esta semana têm vindo a ocupar vagas que poderiam ser ocupadas por médicos Nacionais.

Poderiam, caso os médicos Nacionais não estivessem confinados a outras funções não directamente relacionados as práticas médicas... Quantos médicos estão elencados a práticas administrativas ou de Gestão? Caso a Gestão fosse a entregue a Gestores devidamente formados para essa prática não teríamos  um duplo ganho a nível da medicina?

Em primeiro lugar os gestores teriam capacidade e obrigação de promover melhores práticas administrativas e alcançar maiores ganhos tanto ao nível de "produção" como ao nível da utilização racional de recursos. E por fim os médicos poderiam exercer as funções para as quais foram formados e assim prestar uma ainda melhor assistência médica à nossa população.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Muçulmana posa para a Playboy

muculmana-posa-para-a-playboy

É este o título que aparece no Expresso online, fazendo jus à coragem de uma pseudo-modelo Muçulmana que estaria a infringir muitas leis e preconceitos do seu povo e especialmente da sua religião.

Mas olhando bem para  os factos será que a dita modelo está a ser assim tão corajosa?

Basta começar por olhar para as mamas da dita senhora que só por si nos dizem que muito provavelmente não é a primeira vez que ela infringe tais regras da sociedade e da religião pois não me parece que aquele tipo de mamas sejam naturalmente naturais quer sejam nas muçulmanas quer sejam em mulheres de qualquer outra religião e região do globo.

De seguida poderemos aproveitar o facto de que a menina foi nascida, criada e residente na chamada sociedade ocidental (Alemanha) o que retira grande parte da carga ideológica que uma acção destas poderia ter caso se tratasse de uma muçulmana residente em qualquer país dos que ainda oprimem fortemente a mulher. E termino pelo facto de a menina ser muito pouco humilde considerando esta acção ao nível de um Che Guevara. Pelo menos ficou a intenção de auto-promoção de tal maneira bem sucedida que me levou a mim próprio a promove-la neste espaço.

Acredito e espero que especialmente a mulher muçulmana se emancipe, mas não me parece que este seja o caminho, até porque não acredito que seja assim que se contribua algo para essa luta. Talvez se contribua um pouco para o deleite dos olhos masculinos de alguns magnatas que poderão ter acesso a este tipo de conteúdos, mas pouco mais que isso...

Desejo sinceramente que essa emancipação se dê o mais rápido possível quer seja nas mulheres muçulmanas, quer sejam todas as outras.

Beijinhos ;)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Férias em Cuba :)

Nunca fui e nem tenho ideia de ir nos próximos tempos o que me causa uma série de sentimentos contraditórios.
Por um lado ir de férias a Cuba nos próximos meses vai continuar a ser algo especial, com um povo único e um regime sem igual. Tudo isto combinado com um misto de civilização e paisagens quase não tocadas e um clima fantástico deve ser fantástico.
Por outro lado, quem lá for daqui a uns meses/anos vai ter de aprender a conviver com uma sociedade mais liberal e que começa a viver um "25 de Abril" em que quem o está a implementar são as próprias instituições que regem esta ditadura que de forma surpreendente não gera muitos conflitos ou desagrados visíveis por entre a população.
O povo vai ter de começar a ser empreendedor, mais lutador e insatisfeito.
O povo vai ter de começar a tomar as rédeas do País, vai ter de ser mais aberto ao mundo e cauteloso com o que o mundo vai querer implementar no seu país paraiso.
É de louvar que finalmente Cuba esteja a aderir à democracia e a pouco e pouco pareça querer permitir que o povo seja mais autónomo e livre.

Resta apenas saber se Cuba vai saber viver com a liberdade e democracia e se consegue manter os traços pachorrentos e tão característicos que nos fazem amar essa cultura mesmo sem a conhecer.

Inevitavelmente parece-me que Cuba vai deixar de ser o mesmo destino de férias paradisíaco que ainda é hoje, mas a democracia é sempre bem vinda.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Renovação dos politicos?

Desde sempre me habituei a ouvir falar dos políticos como "sempre os mesmos" que estão nos poleiros.

Mas será que estamos prestes a assistir a uma renovação gradual dos políticos que estamos habituados a ver em lugares de relevo dentro dos partidos habitualmente mais relevantes em termos de votação? Aqueles que têm geralmente assento na Assembleia da Republica!!

É bastante difícil de dar uma resposta definitiva ou relativamente acertada relativamente a esta questão, mas parece-me claramente como uma possibilidade forte, caso o PSD saia vencedor das próximas eleições, ou seja forme governo.

Deixem-me dar asas ao meu pensamento.

Caso o PSD forme governo sairão reforçados os membros que apoiarem Pedro Passos Coelho e sairão fragilizados aqueles que apoiarem Sócrates.

Sócrates que teve o condão de conseguir reunir quase todas as figuras de proa do PS o que poderá levar a que todos estes senhores que o apoiam o PS possam sair ligeiramente fragilizados.

Já Pedro Passos Coelho optou não convidar muitos dos notáveis dos partido e muitos outros recusaram o convite para deputados. Caso Coelho ganhe as eleições, como indicam as ultimas projecções das sondagens todos esses notáveis sairão fragilizados.

Contudo ainda muita coisa está por decidir e as próximas projecções poderão inverter os últimos resultados e reforçar a tendência de crescimento do PS e a tendência de fragilização do PSD, especialmente tendo em conta os últimos acontecimentos.
Reparemos nos últimos acontecimentos repartidos por cada um destes partidos:

PS: Demonstração em congresso de um partido coeso e reforço da posição do seu líder. Regresso de muitas figuras de proa do partido à vida politica activa. Mesmo as poucas vozes dissonantes que se assumiram estão unidas em prol dos objectivos do partido.

PSD: Caso Nobre a afectar a credibilidade das listas do psd. Facções completas do partido afastadas das mesmas listas (Barrosistas, Ferreiristas e outros). Várias figuras rejeitaram integrar as listas (Ferreira Leite, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes,...). Várias vozes dentro do partido a criticar algumas das escolhas do seu presidente.

Ainda a procissão vai no adro, mas como diz o povo "A União faz a força"...

Nuno Miguel Pedrosa

sábado, 16 de abril de 2011

O sempre pateta

Marinho Pinto - Bastonário da ordem dos advogados, sempre em grande estilo....
numa altura em que cada vez mais vozes se levantam pedindo que os políticos da nossa praça se entendam, sejam civilizados e promovam entendimentos capazes de levar o nosso país a bom porto, Marinho Pinto vem pedir que o povo faça greve à democracia através da greve às eleições.
Já não bastava Manuela Ferreira Leite ter apelado à suspensão da democracia à uns anos atrás eis que agora aparece mais um fascinante pateta a exigir o mesmo. Se bem que para este pateta isto já não é novidade uma vez que as suas eleições para o cargo de bastonário que ainda exerce sempre foram conturbadas, para não dizer mais...

As perguntas de Pedro Passos Coelho

as tão faladas perguntas que poucos sabem quais são estão agora disponíveis nos sitios que se seguem

as-perguntas-que-foram-colocadas-pelo-psd-socrates

downloadd do ficheiro

Eu continuo com a ideia de que muitas são apenas fruto de joguinhos politicos e/ou birras de Passos Coelho, apesar e outras serem importantes, mas tirem as vossas conclusões

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fernando

O desnecessário resgate de Portugal

Link: O desnecessário resgate de Portugal

Tal como tenho vindo a defender o resgate a Portugal e consequente ajuda externa teriam sido desnecessários não fossem as quase maquiavélicas intromissões das agências de rating. Vale a pena ler o artigo, cujo link está no inicio deste post.

Entretanto e já com a ajuda cá Pedro Passos Coelho e o PSD continuam a comportar-se como miúdos mimados e irresponsáveis que falam demais e fazem questões ora irrelevantes, ora que muitos de nós sabem as respostas a elas ou ainda perguntas que neste momento ninguém poderá responder com fiabilidade.
Será que alguém pode em consciência dizer quais irão ser os custos desta ajuda externa?
Mais, será lógico fazer depender a aprovação ou aceitação da ajuda da resposta a este tipo de perguntas?

Óbvio que todos os decisores devem estar o mais informados possível, mas não será isto birrinha?

Mesmo assim é de enaltecer a postura da restante oposição já que os que sempre foram contra esta ajuda (BE e PCP) têm permanecido relativamente discretos e os que se mostram mais favoráveis (CDS) também tem tido uma postura responsável.

Contudo parece-me que a existir resgate esta é capaz de ser a melhor altura!!
Porquê?
Fica para outro texto :)

domingo, 10 de abril de 2011

Nobre Desilusão

Ainda não acredito
Mesmo lendo na página oficial não acredito
Poderia esperar isto de muitos, mas não do sr. Fernando Nobre.

Fernando Nobre aceitou encabeçar as listas de deputados do PSD por Lisboa
Será que os ideais que o psd tem defendido são os mesmos que Fernando Nobre também tem defendido?





Habituei-me a ver o sr. Fernando Nobre como uma pessoa que luta pelos seus ideais e que faz deles a sua causa e sempre acreditei que a mais valia deste sr. nas anteriores eleições presidenciais residia mesmo nos seus ideais, nas suas causas, nas suas lutas, na sua isenção e na imagem que criei de que o Sr. estaria acima de interesses instalados.
Hoje, muitas destas mais valias que residiam na imagem deste sr. caíram por terra ao ter conhecimento deste anuncio. Tentarei nunca me esquecer delas e lembrar-me sempre de todos os ideais que tem transmitido. Não os quero com este texto meter de forma alguma em causa e continuarei a ser seguidor de sua obra e a reger-me por muitos dos princípios que têm pautado a vida deste sr., mas não consigo ficar indiferente ao facto de ir encabeçar as listas de um partido que têm ao longo dos últimos meses colocado em causa a continuidade dos sistemas públicos de educação e saúde.

"Sr Nobre para que não se esqueça: 
 NOTA PESSOAL de FERNANDO NOBRE- Lisboa, 20/02/2011 Cidadãos Portugueses: Até final de Abril/ Maio, encerrado completamente, espero, todo o processo constitucional da Candidatura e ouvidas muito atentamente as pessoas que mais amo e alguns Amigos, anunciarei a decisão sobre o como e em que moldes agirem...os no futuro. SERÁ, COMO NÃO PODERIA DEIXAR DE SER, UMA DECISÃO REFLECTIDA, SERENA, SOLITÁRIA, DEFINITIVA E SOBERANA.QUE NÃO PASSARÁ PELA CRIAÇÃO DE QUALQUER PARTIDO POLÍTICO. E QUE, GARANTO-VOS, EXCLUÍ A MINHA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA, NEM COMO INDEPENDENTE, NO ÂMBITO DOS PARTIDOS EXISTENTES, NEM EM ACTUAIS OU FUTUROS GOVERNOS PARTIDÁRIOS."

Como é sabido por muitos dos meus amigos à muitos anos que gosto e me interesso por politica e tenho mesmo o desejo de participar activamente. Não ingressei num partido já o ano passado precisamente porque acreditei que tal como Fernando Nobre poderia um dia conseguir influenciar o mundo ou pelo menos uma pequena parte como é Portugal através da independência da minha pessoa e sem estar directamente ligado a partido algum. Contudo já à alguns meses que o bichinho tem voltado a crescer e desta vou mesmo aderir a um partido. Tenho pena que não estejamos do mesmo lado, mas espero que mesmo assim volte a ganhar a minha confiança já que o meu respeito terá sempre.


Desejo um bom trabalho ao Dr. Fernando Nobre


Abraços
Nuno Miguel Pedrosa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Mau jornalismo ou?

Já à algumas semanas que tinha o texto que se segue preparado, mas estava a tentar obter alguma resposta de um jornalista que estivesse a exercer funções sendo que não obtive respostas dos vários contactos efectuados. Será que falta coragem?
Também tentei falar com alguém com responsabilidades politicas, mas foi mais difícil.

Tinha o texto preparado, mas não o publiquei porque gostava mesmo de ter mais perspectivas. decidi publica-lo hoje porque li aquele que para mim é provavelmente o melhor artigo sobre a situação de Portugal nos dias que correm.

Infelizmente foi publicado por um jornalista e órgão de comunicação estrangeiros
O artigo: http://english.pravda.ru/opinion/columnists/26-03-2011/117347-portugal_crisis-0/

E o Texto:

Já por algumas vezes me apercebi de que existem vários membros da nossa classe politica que não são conclusivos ou se escusam a responder a determinadas questões fundamentais e poucos dias depois respondem a essas mesmas questões a órgãos de comunicação social estrangeiros.

Já vimos Teixeira dos Santos, Sócrates e até Cavaco a incorrerem nessa situação e mais recentemente foi Pedro Passos Coelho que o fez dando entrevistas inclusive em Português e Inglês, mas sempre de forma mais objectiva do que fazem com a Comunicação Social Nacional.

O que gostaria de saber é se de acordo com a vossa opinião isto acontece por se tratar de:
- estratégia politica
- falta de credibilidade do Jornalismo nacional
- Pouca objectividade das questões lançadas pelos jornalistas nacionais

Ou se existirá algum outro motivo.

Resposta de Bruno Silva (Licenciado em Comunicação Social e Cultural - não exerce)
É uma estratégia política, ao mesmo tempo que a comunicação social em Portugal sabe muitas informações off the record que não tem autorização para partilhar com o público e sabe que se o fizer deixa de ter acesso à informação na totalidade.

É um jogo de gato e rato em que a comunicação social não "pode" apertar os partidos e os políticos porque precisa deles, ao mesmo tempo que os políticos vão largando alguma "migalhas" porque também precisam da comunicação social.

No estrangeiro isso já não acontece, eles têm de ter uma imagem muito mais precisa, concisa e preocupada para que não exista uma quebra de confiança demasiada relativamente a Portugal.

O problema é que a comunicação social portuguesa devia-se unir para apertar com os políticos portugueses, mas tendo um conta que existe uma cadeia de comunicação que é controlada pelo Estado (RTP) e há outras em que a "mão" do Estado está presente (caso da Manuela Moura Guedes na TVI) é muito complicado que isso aconteça.


 Francisco Mendes (Estudante de Jornalismo)
Na minha opinião isso prende-se com dois factores dos acimas expostos. Em primeiro lugar, há uma clara estratégia política. Enquanto que em Portugal os políticos portugueses mandam, na UE têm que prestar contas aos outros países europeus. Naturalmente que não concordo porque têm que prestar contas aos portugueses, mas é uma estratégia. Por outro lado, há falta de credibilidade do jornalismo nacional, quer pelo sensacionalismo de determinados sectores que perseguem os pontos negros do Governo, quer pelo controlo que os órgãos estatais têm por determinados meios de comunicação.

Obrigado a ambos os que acederam a responder-me

Nuno Miguel Pedrosa

Quem nos representa!! onde está?

Teremos chegado ao fim de um ciclo?

Já não vejo ou não reconheço quem elegemos para nos representar

O Primeiro-ministro já não o é
Manuela Ferreira Leite já à muito que não lidera a oposição apesar de se preparar para ocupar um lugar que tão bem conhece, o de segunda figura.
Segunda figura de um Pedro Passos Coelho que parece estar a abandonar a imagem de jovem libertino. Já mudou o penteado, colocou uns óculos mais velhos que Ferreira Leite e até parece ter mudado a postura e forma de estar. É esperar para ver.
Paulo Portas fez um discurso de apelo à união quando geralmente sinto nos seus discursos exactamente o contrário.
O obstinado Louça ontem não se mostrou assim tão obstinado. Ou melhor, não o deixaram mostrar-se tão obstinado. depois de uns bons primeiros minutos de bom discurso, passaram a palavra ao PCP+Verdes quando parecia que vinha aí a obstinação habitual.
PCP que me deixou um pouco à nora pois o sempre presente Jerónimo de Sousa não esteve presente delegando a responsabilidade de comentar o pedido de intervenção financeira a uma segunda figura. Nada a apontar um partido politico deve ser feito de muitas pessoas e pluralidade de opiniões.
Fico agora à espera de ver o que vai fazer o sempre calado sr. Presidente da Republica, que me parece que a partir de agora tem mesmo de começar a ser interventivo.

Nuno Miguel Pedrosa

terça-feira, 5 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Combústiveis - Lei da Oferta e da Procura?

 Muitos apelos têm sido feitos nos últimos meses/anos para que se deixe abastecer o automóvel nos postos de Combustíveis da Galp, BP ou Repsol por forma a que estas marcas (líderes de mercado) deixem de vender e baixem os preços através da chamada lei da oferta e da procura.

De forma simples diz esta lei que quando a procura diminui quem oferece (vende) tem de diminuir os preços para se manter competitivo no mercado.

Infelizmente o mercado dos combustíveis e derivados não se rege pela lei da oferta e da procura.
Em primeiro lugar porque a Galp fornece a grande maioria das marcas a actuar em Portugal uma vez que é a única refinadora no país. Sendo a única refinadora do país a Galp fornece não apenas os postos identificados como pertencentes à Galp, como a grande maioria dos postos de combustíveis em Portugal, sejam de outras marcas de renome, sejam das chamadas marcas brancas ou de supermercado. Assim, estando nós a adquirir combustíveis na Galp ou no Intermarché a Galp lucra praticamente o mesmo. Isto porque também a maioria dos postos identificados como Galp pertencem a individuais ou a empresas privadas que PAGAM para ter os logotipos da marca nos seus postos.

Depois porque a BP actua em Portugal apenas para manter a sua representatividade e escoar stocks já que o seu foco de negócio passou a ser a exploração de petróleo e não a distribuição e venda de combustíveis. Ainda por cima num país como a dimensão de Portugal, sendo que o mesmo pensamento se pode adequar a outras marcas internacionais.

Se formos comprar aos hipermercados continuamos a fazer negócio com a Galp que é a principal fornecedora da grande maioria dos super e hiper-mercados e que mantém a margem de lucro quase inalterada uma vez que esta provém essencialmente pelo facto de ser a refinadora.

Em suma, se querem ver a Galp e afins a reduzir os preços terão de simplesmente deixar de usar combustíveis à base do Petróleo e passar a utilizar cada vez mais outros meios como sejam os transportes públicos por ex.

Nuno Miguel Pedrosa

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Défice - O que é?

Muitas vezes  temos ouvido  nos últimos meses e até anos a falar do défice, contudo em conversa com algumas pessoas  apercebi-me que estas apenas sabiam que o défice era algo mau, mas não tinham noção do que era realmente ou o que traduzia.

Para  um dos senhores com quem falava o défice traduzia algo como aumento da divida e o desvio de dinheiros para o bolso dos políticos. Obviamente que a ideia do senhor (aumento de divida) não está totalmente desfasada daquilo que se vai atingir em ultima análise já que um défice continuado em ultima análise poderá levar ao aumento do endividamento nacional.

Na verdade o défice traduz que em de terminado período de tempo (ano ou mês geralmente) o volume de despesas ou gastos foi superior ao volume de rendimentos ou receitas. De referir que quando as receitas forem superiores ás despesas estamos perante um superavit.

Podemos desde logo identificar três grandes áreas da economia de uma empresa, organização ou estado onde poderemos encontrar défice (ou superavit):

1) Operacional:
Onde constam todas as actividades  ditas normais ou habituais excepto as financeiras (inclui compras, vendas, produção, salários, obras, custos administrativos, etc) e todas as actividades que constem do orçamento.
Em uma economia saudável esta área deve representar a quase totalidade do orçamento seja a nível de receitas ou a nível de despesas.

2) Financeiro
Nesta área estão incluídos todos os custos com a obtenção de empréstimos, juros e os próprios empréstimos.

3) Extraordinário
Onde se encontram todas aquelas operações que não constem do orçamento nem seriam expectáveis de acontecer, como sejam vendas de partes de empresas (privatizações).

O que tem acontecido em Portugal é que a parte operacional tem sido em regra deficitária o que levou a que fossem contraídos muitos empréstimos ao longo do ano o que leva a que também o ramo financeiro seja também bastante deficitário.Um dos grandes problemas de Portugal é que as componentes de despesa quer sejam operacional, quer sejam financeiras têm vindo sempre a crescer ao longo dos anos levando a que se tenham de aumentar também as receitas que são em grande parte geradas por impostos e taxas.

Infelizmente, todos os anos temos tido necessidade de recorrer ás tais receitas extraordinárias como forma de equilibrar a balança. o que nos leva a que ano após ano tenhamos menos margem de manobra.

A má noticia é que vão ser necessários muitos anos para conseguir equilibrar as contas nacionais.
A boa noticia é que pela primeira vez este ano se estão a reduzir as componentes de despesa e se conseguirmos manter essa tendência poderemos vir a ter a componente fiscal (impostos) reduzida nos próximos anos.

Esperemos
Nuno Miguel Pedrosa